Band embarca na saga dos passageiros da SuperVia e mostra problemas nos trens

Governo do Estado avalia fim do contrato de concessão com a SuperVia, mas garante a manutenção do serviço.

Ana Clara Prevedello* e Ádison Ramos

Intervalos irregulares, estações em péssimo estado de conservação, pisos quebrados, falta de limpeza adequada, infiltrações, escadas rolantes sem funcionar e problemas na sinalização. Esses são apenas alguns dos problemas do sistema ferroviário do Rio de Janeiro. O repórter Ádison Ramos embarcou na saga que os passageiros vivem diariamente e mostrou as dificuldades de se andar de trem no Rio de Janeiro. Confira a reportagem completa no player acima.

Outra irregularidade encontrada é que em várias estações o espaço entre o trem e a plataforma têm mais de quarenta centímetros, o suficiente para causar um acidente entre os passageiros na hora do embarque.

O governador Cláudio Castro afirmou, no último dia 3, que o Governo do Estado avalia o fim do contrato de concessão com a SuperVia. Ele garantiu a manutenção do serviço.

Mas para isso, é necessário provar o descumprimento de obrigações por parte da concessionária. Segundo Marcus Quintella, diretor da FGV Transportes, o Estado não tem condições de assumir o serviço.

“Acho isso muito complicado. Não é uma simples transferência de uma operação, como se fosse um ônibus. Então, para você assumir uma operação da complexidade operacional de um trem metropolitano, você precisa de pessoal treinado, precisa ter conhecimento do centro de controle operacional, de sistema de energia, de sinalização, a operação dos trens. (...) O Estado não tem condições técnicas de assumir”, explica.

A SuperVia não concorda com o fim da concessão, e afirma ter realizado investimentos de mais de R$ 1,2 bilhão no transporte ferroviário. A Gumi, empresa que controla a concessionária, disse que o respeito aos contratos é fundamental para garantir a previsibilidade e um melhor ambiente de negócios.

Enquanto isso, quem usa o transporte todos os dias só espera que a situação melhore.

“Depende muito do próximo que vai assumir a SuperVia, né? Isso aqui é sofrimento de muitos anos. Eu espero que possa mudar. A gente tem esperança”, diz Erlem Neves, empregada doméstica.

*Sob supervisão de Christiano Pinho. 

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