Jasmim Barroso tem apenas seis anos de idade, mas já coleciona 57 medalhas e dois cinturões. A pequena atleta de jiu-jitsu de São Gonçalo sonha em conquistar os tatames ao redor do mundo e pra isso busca encarar seu primeiro desafio internacional.
Mas para poder disputar o campeonato em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, em novembro, Jasmim precisa vencer uma batalha que não depende de força física e técnica: conseguir dinheiro para custear a viagem.
“Eu faço tatuagem. Aí pego uma tatuagem, rifo uma tatuagem pra arrecadar o dinheiro. E aí tem os parceiros também que às vezes doam algumas coisas pra fazer a rifa também e vai tudo pra conta dela”, conta o pai, Joni Barroso.
A mãe de Jasmim, Fátima Alves, vende doces para ajudar na arrecadação. Um esforço que vale a pena para manter a chama acesa na menina.
“O esporte mostrou pra gente que vai muito além de você procurar por um objetivo só. O jiu-jitsu em si mostrou pra gente a disciplina, a educação, tudo”, afirma.
A família também aceita doações no perfil oficial da atleta mirim no Instagram.
O valor estimado com passagens, hospedagem e alimentação é de 20 mil reais. Mas por enquanto, a família só conseguiu pouco mais de três mil.
Jasmim começou a praticar o esporte aos três anos de idade por influência dos pais. Hoje ela treina cinco vezes por semana.
“Eu vi que ela tinha um potencial, ela tinha um algo a mais. E quando a criança tem um algo a mais e a família entende isso fica uma coisa bem mais fácil de você trabalhar”, diz o treinador da menina, Michel Kmiec.
Jasmim já participou de torneios em Vitória, São Paulo e Rio de Janeiro. Até hoje não ficou de fora dos pódios e é conhecida como a “Braba”.
“É porque eu sou forte”, conta com um sorriso no rosto. E afirma com convicção:
“Quero ser atleta! (…) Quero ser faixa preta”.