Assassino de menina na Ilha do Governador tem prisão preventiva decretada

Edilson Amorim dos Santos Filho foi transferido para Cadeia Pública de Benfica, nesta quarta-feira (29), e agora seguirá para o Complexo de Gericinó.

Rebecca Henze*

Sophia Ângelo tinha apenas onze anos.
Arquivo Pessoal

A Justiça do Rio converteu em preventiva a prisão em flagrante de Edilson Amorim dos Santos Filho. O pedreiro confessou ter abusado sexualmente e assassinado Sophia Ângelo Veloso da Silva, de 11 anos, na Ilha do Governador.

Após 24 horas de buscas, a menina foi encontrada morta nessa terça-feira (28), em uma caçamba de lixo na Comunidade do Guarabu. Ela foi sequestrada pelo irmão da ex-madrasta. Edilson foi preso sob protestos dos moradores da região.

Sophia havia saído para a escola por volta de sete horas da manhã de segunda (27) e seguia o caminho já conhecido, quando o criminoso a convenceu de mudar a rota. 

Júnior, como é conhecido, aproveitou que a vítima adorava sua irmã, e mentiu dizendo que iria leva-la para encontrar a ex-madrasta. O trajeto, que não demoraria mais de 20 minutos, nunca foi concluído, e sem o aviso da Escola Municipal Belmiro Medeiros, os pais só perceberam o desaparecimento da criança às três horas da tarde. Segundo a polícia, ela já estava morta.

O pai da vítima seguiu os passos da filha até localizar uma câmera de segurança de um salão de beleza que filmou Sophia acompanhada de um homem, na Rua Gustavo Augusto de Resende nº 590. 

Paulo Sérgio da Silva levou o material para a polícia e reconheceu o ex-cunhado.

"Pensamos que ela estivesse na escola. Ele desviou a minha filha no meio do caminho. Eu reconheci ele nas imagens”, disse o pai da menina.

Segundo investigações, Júnior estuprou Sophia e a matou por volta de dez horas da manhã, com mais de 30 facadas. O corpo foi levado para uma lixeira cerca de cinco horas depois e estava nu, amarrado com cabos e com um saco plástico na cabeça. O criminoso esperava que o corpo fosse triturado, e confessou o crime quando roupas da menina foram encontradas em sua casa. 

“Ele confessou que abusou sexualmente da menina e logo em seguida desferiu várias facadas na nuca da menina no banheiro. Ela foi esfaqueada de costas e não teve nenhuma possibilidade de defesa. O motivo (de matar) foi o medo de ter essa situação exposta”, contou o delegado Felipe Santoro, responsável pelo caso. 

O criminoso, próximo à família da vítima, vai responder por homicídio doloso, ocultação de cadáver e estupro de vulnerável. 

Júnior já teve passagem pela polícia por ameaçar uma ex-companheira com um pedaço de madeira e berros, em 2005. 

A sobrinha dele também veio à tona alegando ter sido estuprada pelo tio em 2015, enquanto ainda era menor de idade, mas não denunciou na época por medo da reação de seus familiares.

O corpo de Sophia será velado e sepultado nesta quinta-feira (30).

*Sob supervisão de Christiano Pinho.

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