Alvo de Textor, Pedro custaria mais que todos os reforços do Bota em 2022 juntos

“Bota um preço no Pedro”. Acionista norte-americano gastou R$ 80 milhões em contratações, valor inferior ao ofertado pelo Palmeiras para tirar o atacante do Flamengo.

João Ramalho

Pedro é titular absoluto na equipe de Dorival Júnior
Foto: Marcelo Cortes / Flamengo

Em lua de mel com Tiquinho Soares, o Botafogo não poupou esforços para contratar um nome de peso para o ataque alvinegro em 2022. Além da novela com o israelense Eran Zahavi e os contatos - sem sucesso - com as estrelas uruguaias Luis Suárez e Edinson Cavani, John Textor manifestou diretamente a Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, o interesse de contar com o atacante Pedro. Sondado pelo Palmeiras no início do ano, o camisa 9 foi alvo de uma oferta recusada de R$ 110 milhões, valor que excede, consideravelmente, a quantia gasta pelo acionista norte-americano em todas as contratações para a temporada.

A conversa entre partes cariocas aconteceu no início do ano, em uma reunião na Gávea, quando Pedro se via no centro dos holofotes por não estar sendo aproveitado pelo então técnico Paulo Sousa. Com as cartas na mesa, Textor prometeu pagar o valor leiloado pelo centroavante, ideia recusada prontamente pelo mandatário do Flamengo.

- Tivemos um bate-papo de duas horas com o Landim. Entre assuntos de liga e fortificação dos clubes, o Textor soltou para o Landim: “Bota um preço no Pedro”. O Landim desconversou e mudou de assunto. Antes de terminarmos a reunião, ele voltou a tentar e ouviu: “Pedro está bem aqui, eu paguei 14 milhões de euros". Como se esse valor fosse assustar. Então, Textor disse novamente: “Bota um preço no Pedro”. Se o Landim pedisse 20 milhões de euros, o Textor pagava na hora. - disse Durcésio Mello em entrevista ao Resenha com o TF, no Youtube.

Só para se ter uma ideia, o reforço mais caro da história do Botafogo foi Patrick de Paula. Contratado por 6 milhões de euros (cerca de R$ 33 milhões), o volante se juntou a mais 10 jogadores acertados durante a primeira janela de transferências, reestruturação que custou R$ 65 milhões. Para a segunda janela, Textor foi mais assertivo e poupou com a chegada de mais 10 atletas. Neste último movimento, o clube carioca desembolsou aproximadamente 3 milhões de dólares, o que equivale a quase R$ 15 milhões.

Somadas, as movimentações do alvinegro em 2022 giram em torno de R$ 80 milhões. Caso fosse à frente no sonho de tirar Pedro do Flamengo, Textor investiria mais que os R$ 150 milhões previstos como aporte mínimo neste primeiro ano de SAF.

*Sob supervisão de João Lidington

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