As tradicionais caminhadas ou corridas pela ciclovia ganharam uma companhia não tão agradável: as bicicletas elétricas, que podem atingir até 20 km/h. Mesmo com registros de acidentes, não há uma regulamentação para sanções contra quem não cumpre as regras.
Em várias ocasiões, as bicicletas, em alta velocidade, atrapalham o momento de lazer de muitas pessoas.
“Eu não sei a velocidade que eles andam, mas provavelmente não é a mais adequada. Haja visto que tem pessoas idosas caminhando, outras de bicicleta comum. Então é complicado. Existe sim algumas que passam bem rápido”, comentou o autônomo Fernando Carvalho.
A velocidade máxima permitida para as bicicletas elétricas é de 6 km/h em áreas de circulação de pedestres. Já nas ciclovias e ciclofaixas, não pode ultrapassar 20 km/h e é necessário ter acessórios de segurança como sinalização noturna, além de campainha.
Os pedestres ainda precisam se preocupar com os ciclomotores, que são bicicletas com motores que podem chegar a até 50 km/h.
“Atrapalha muito. A velocidade deles é muito maior. Às vezes passa pela gente atrapalhando porque eles passam pela gente com mais força, mais velocidade e isso dá uma certa insegurança na gente. É um problema sério porque eles não rodam lá (rua) do outro lado porque não pagam IPVA e andam aqui que não é um lugar de motorizado”, falou o ator Rogerio Freitas.
A fiscalização que existe hoje, da Guarda Municipal, é apenas para orientação, o que não é o suficiente para resolver o problema da alta velocidade nas ciclovias. Enquanto isso, corre na Câmara de Vereadores do Rio, um projeto de lei que quer proibir a circulação desses veículos nas ciclovias.
“Eu tenho cuidado redobrado, porque eu acho que os ciclistas são muito ferozes, existem ciclistas conscientes, mas outros são muito ferozes, não param, andam com a velocidade alta. Eu peço para os taxistas me deixarem em um ponto específico, em frente ao forte de Copacabana, para os ciclistas não me atropelarem”, disse a aposentada Elisa Nogueira.
*Sob supervisão de Natashi Franco