Advogado morto no Centro levou 7 facadas

A profundidade dos ferimentos chegou a 70 milímetros de comprimento segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML)

Pedro Cardoni*

Victor e o suspeito de assaltar o jovem foram flagrados caminhando juntos pelo Centro
Reprodução

O laudo de perícia feito no corpo do advogado, de 27 anos, morto a facadas no Centro do Rio de Janeiro, revelou que a vítima levou sete golpes de faca e morreu devido aos ferimentos na região do tórax. O jovem iria completar 28 anos na última segunda-feira (1).

Victor Stephen Pereira Coelho ainda foi atingido com facadas, nos braços e na região da costela. A análise verificou que a maior perfuração chegou a 70 milímetros de comprimento.

RELEMBRE O CASO

Victor se formou em direito na Universidade Cândido Mendes em 2020 e trabalhava como assistente jurídico de um escritório. Na madrugada do dia 23 de junho, o jovem foi acompanhado de colegas de trabalho para uma festa chamada "Samba da Raça", na Praça da República.

Depois de deixar a festa, o advogado se dirigiu para a estação de VLT do Saara para voltar para casa, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O corpo de Victor foi encontrado com as roupas rasgadas e sem documentos ou celular.

Câmeras de segurança registraram o caminho que o advogado fez depois que deixou a Praça da República. Nas imagens, Victor está caminhando e conversando com o homem que é suspeito de esfaquear o advogado.

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O suspeito foi identificado como Wilson José Câmara de Oliveira e teve a prisão temporária decretada. O homem permanece foragido e o Portal de Procurados, do Disque Denúncia, divulgo um cartaz pedindo informações sobre o suspeito.

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OS DEPOIMENTOS

Duas testemunhas chave também prestaram depoimento sobre a dinâmica dos acontecimentos na noite do crime. De acordo com um vigia da Praça da Bandeira, um homem suspeito o abordou avisando ser do Morro da Providência, na Gamboa, Zona Central do Rio, e estava querendo cometer delitos na região. O homem teria mostrado uma faca e a tornozeleira eletrônica que usava para o segurança.

Em seguida, o vigia afirma que o homem perguntou onde poderia comprar drogas e foi em direção à Lapa. Cerca de uma hora depois, o suspeito voltou acompanhado de Victor, que segurava um copo de whisky. O segurança afirma que os dois pareciam amigos, pois riam e conversavam com intimidade.

O segundo depoimento é de uma funcionária de uma lanchonete do Centro, que estava na estação de VLT esperando a composição para voltar para casa. A mulher relata que os dois homens conversavam em pé enquanto ela falava com a filha no telefone. A testemunha afirma que ouviu gritos e percebeu que Victor estava sendo atacado.

O jovem teria batido a cabeça na estação e saído correndo, mas acabou caindo novamente. Segundo a testemunha, o agressor rasgou a roupa de Victor e procurava um telefone. O homem ainda gritou para que a mulher saísse do local e fugiu correndo da estação.

O segurança da Praça da Bandeira reconheceu Wilson como o homem que acompanhava Victor. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso e segue na busca por informações sobre o paradeiro do suspeito.

*Estagiário sob supervisão de Natashi Franco

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