294 linhas de ônibus passam a ser fiscalizadas pela Prefeitura do Rio através de GPS

Nas duas primeiras fases do sistema, mil multas foram aplicadas em 17 dias

Thales Teixeira (Sob supervisão)

Objetivo da ação é garantir o número correto de carros nas ruas Foto: Reprodução
Objetivo da ação é garantir o número correto de carros nas ruas
Foto: Reprodução

Começou nesta terça-feira (16), a terceira fase da aplicação automática de multas aos consórcios que descumprirem a frota determinada pelo município. A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) fiscaliza, através de GPS, 294 linhas de ônibus.

O principal objetivo desta ação é garantir que as empresas responsáveis pelos veículos disponibilizem o número correto de ônibus nas ruas. Se isso não acontecer, a SMTR será alertada, através do sistema de multa automático, e a companhia em questão vai ser penalizada.

Nas duas primeiras fases de implementação do sistema, mil multas foram aplicadas, em apenas 17 dias. Com 643 multas, o consórcio Santa Cruz é o líder do ranking, seguido pelo Transcarioca, com 173; Internorte, com 160, e Intersul, com 24.

O passageiro é o grande prejudicado desta história toda. Muita demora e, em alguns dias até o sumiço das linhas, atrapalha a vida do usuário.

“Eu sou usuário do ônibus 348 – Candelária X Rio Centro. Já estava difícil de pegar, já estava uma demora grande. Agora aos domingos e feriados, ele foi retirado de linha”, afirmou um passageiro.

Representantes dos consórcios responsáveis pelas linhas já pediram uma revisão da Prefeitura na conta que indica a frota mínima. O sindicato das empresas de ônibus do Rio, o Rio Ônibus, afirma que o município deveria fazer uma intervenção no sistema, como a que foi feita no BRT.

“É preciso que a Prefeitura faça, para o restante das linhas de ônibus da cidade, o mesmo que fez no BRT. Aportar recursos para pagar folha de pagamento, para custear o combustível, que já aumentou 63,5% só esse ano, para garantir, pelo menos, a prestação de serviço até que essas ações mais efetivas sejam implementadas ao longo do tempo. O setor passa por uma crise, hoje, sem precedentes, praticamente 90% das empresas dos ônibus estão em recuperação judicial e, se nada for feito, a situação só vai se agravar”, afirmou o porta-voz do Rio Ônibus, Paulo Valente.

A partir do início de 2022, 20% das linhas municipais, que ainda não são fiscalizadas através de GPS, devem entrar no sistema de multas automáticas da Prefeitura.