Mais de 150 toneladas de lixo flutuante e resíduos sólidos foram retiradas de canais e mangues do Rio de Janeiro desde fevereiro deste ano. O trabalho é feito pelo projeto Águas da Guanabara, da Federação Estadual de Pescadores no RJ, e já passou pelo canal de Magé, nos rios Suruí e estrela, Baixada Fluminense, e em São Gonçalo, nos rios Imbuaçu, Pomba e Marimbado. Atualmente, 150 pescadores fazem parte da Federação.
A ação busca analisar e diagnosticar as condições ambientais e econômicas dos territórios e conscientizar a população sobre os impactos do lixo na biodiversidade da Baía de Guanabara. Os resíduos coletados são levados às prefeituras locais para que o descarte seja feito de forma correta.
“Agora cabe a população não jogar lixo nos rios. Em apenas um mês, já temos um resultado muito significativo: a melhoria da qualidade de vida do pescador, do mangue, do solo, da água, fauna e flora”, disse Gilberto Alves, presidente da colônia de pescadores de Niterói e São Gonçalo.
Além disso, a Federação faz exames de rotina nos pescadores e oferece benefícios como auxílio alimentação e para documentação.
“Mantemos um banco de dados com relatórios mensais sobre a saúde dos pescadores, eles são remunerados para atuarem na coleta dos resíduos sólidos não orgânicos, três vezes por semana, das 8 da manhã até o meio dia”, explica o coordenador técnico da Federação, Alberto Toledo.
*Estagiária sob supervisão de Natashi Franco