Doze estações de trens da Supervia são alvo de operação da Polícia Militar, nesta sexta-feira (8). A "Operação Estação Segura" foca nas estações de Guapimirim, Parada Angélica, Suruí, todas na Baixada Fluminense, e em Manguinhos, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
A concessionária aponta essas localidades como áreas perdidas para o crime organizado. O furto de cabos de energia e o crime organizado são citados pela Supervia como o principal motivo para falhas no serviço do modal. Segundo dados da empresa, em 2021, cerca de 38km de cabos foram furtados da estrutura da malha ferroviária.
A ação acontece depois da suspensão das negociações sobre o reajuste da tarifa entre o governo do Estado e a Supervia e é feita pelo Grupamento de Policiamento Ferroviário (GPFer), batalhões de área e Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP).
O Procon-RJ também participa da ação, fiscalizando estações como Deodoro para verificar os problemas relatados diariamente pelos passageiros, como atrasos e lotação.
O governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, suspendeu as negociações pelo agravamento da crise nos serviços e pela falta de cumprimento dos investimentos previstos no contrato da Supervia. Segundo o governador, o furto de cabos de energia não é mais desculpa para os atrasos, falta de trens em horários de pico e sucateamento do serviço da concessionária.
Além da ação policial, Castro também determinou que uma vistoria seja realizada nas estações pela Secretaria de Transportes, em conjunto com a Agetransp, a partir desta sexta-feira (8). A vistoria vai analisar problemas técnicos e operacionais dos serviços do modal e também vai visitar oficinas da Supervia.