Na área, por João Lidington
Jornalista, amante do jogo explicado por números e estatísticas e apreciador do bom futebol; do "tiki taka" à licença poética do chutão.
0 x 0. Nenhum gol, nenhum prognóstico sobre quem levantará a taça da Copa do Brasil. A disputa ainda está em aberto, mas afinal, para quem foi melhor a igualdade sem gols na Neo Química Arena? Até nisso deu empate.
Pelo prisma do Corinthians foi péssimo não vencer em casa, fazendo valer o peso da torcida, o fator campo. Mas diante do cenário da partida, onde o goleiro Cássio foi o principal destaque da equipe, até que podemos dizer que o Timão levou uma vantagem para o segundo jogo. A vantagem de chegar vivo no Maracanã e uma nova noite inspirada de Cássio pode garantir o troféu aos corinthianos, mesmo que em uma hipotética disputa por pênaltis. Ou alguém dúvida que nas penalidades, com Cássio, o Corinthians é favorito?
Agora pelo olhar rubro-negro, o sentimento inicial é de frustração, por Gabigol não ter marcado nas duas oportunidades em que parou em Cássio. Ou a bronca é com a trave que teima em impedir o gol de David Luiz. O zagueiro que, por sinal, até balançou as redes, mas exatamente no momento em que aconteceu a falta de Luz no Itaquerão.
No entanto, peraí! Não é ruim voltar pra casa sem ter sido vazado ou perdido num confronto de dois jogos. Melhor que isso é entrar no Maracanã, na próxima quarta-feira (19), sabendo que uma vitória simples rubro-negra garante o tetracampeonato da Copa do Brasil para o clube.
É aquela história: tá ruim, mas tá bom. Para os dois lados! A disputa continua e flamenguistas e corinthianos estão aí achando que o 0 a 0 poderia ser melhor, mas também poderia ser pior.