O governador de Minas Gerais afirma que a "união do Sul e do Sudeste jamais será para diminuir outras regiões".
A declaração de Romeu Zema é uma retratação à repercussão negativa de uma entrevista feita por ele neste fim de semana.
Ao jornal "O Estado de São Paulo", o governador mineiro defendeu a ação de um consórcio de estados do Sul e Sudeste no Congresso em oposição ao Nordeste.
Segundo Zema, os estados nordestinos conseguem se unir para defender interesses políticos, mesmo com pouca representatividade em termos de economia e população.
A fala gerou uma série de críticas e debates no meio político.
O consórcio que reúne estados do Nordeste classificou a declaração como uma "leitura preocupante do Brasil".
Em nota assinada pelo governador da Paraíba, João Azevedo, os estados criticaram uma possível "indicação de guerra" entre regiões.
Ainda no comunicado, o grupo negou qualquer tipo de "lampejo separatista" e defendeu a importância da região.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, também atacou Zema e o classificou como "traidor da pátria".
Já a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou que o Sul e Sudeste não sobrevivem sem a Amazônia.
Por outro lado, o governador do Rio Grande do Sul, saiu em defesa do chefe do Executivo mineiro.
Eduardo Leite disse que a aliança Sul-Sudeste é necessária para defender os interesses da região, mas negou qualquer tipo de confronto contra o Nordeste.