Transplante de fígado no Rio atrasa por causa de tiroteio; Linha Vermelha é fechada

Receptora do órgão, que mora em Belford Roxo, precisou esperar um tiroteio acabar para poder ir até hospital; via foi fechada para órgão chegar a tempo de ser transplantado

Da redação

Carro transportando o órgão seguiu na contramão com a Linha Vermelha interditada
Reprodução/Band

Na noite desta segunda-feira (30), Maria Elena Gouveia, de 69 anos, recebeu a ligação que esperava há meses. Primeira na fila para transplante de fígado, ela seria receptora do órgão, que estava a caminho do Rio de Janeiro vindo do Espírito Santo. 

Para conseguir o transplante, ela teria que chegar a um hospital no bairro Cosme Velho até a meia-noite para os preparos para a cirurgia. No entanto, um tiroteio começou na comunidade onde mora em Belford Roxo. Maria Elena só conseguiu chegar ao hospital no fim da madrugada.  

Enquanto isso, o transporte do órgão, que veio de avião de Vitória, no Espírito Santo, enfrentava o trânsito do Rio de Janeiro. Com a Linha Vermelha travada por um engarrafamento, as autoridades interditaram toda a pista para passagem do carro com o fígado.  

O veículo transportando o órgão seguiu na contramão por toda a via e chegou no hospital às 7h20 para, finalmente, ser recebido por Maria Elena. O doador era um homem de 59 anos, que vivia em Vitória, no Espírito Santo, e teve morte encefálica.  

"Maria Elena quase perdeu a vez para o segundo da fila do transplante de fígado no Rio de Janeiro. A pergunta que pode ser feita é: qual a responsabilidade das autoridades e, principalmente, daquelas autoridades do Supremo que restringiram operações policiais nos morros? O crime organizado está cada vez mais fortalecido e atinge, em reflexo, situações como essa", disse Pedro Campos, apresentador do Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes.

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