A âncora Thays Freitas, da Rádio Bandeirantes, analisou as recentes declarações do ministro Fernando Haddad (PT), da Fazenda, que minimizou as chances do anúncio de um novo corte de gastos acontecer.
De acordo com o chefe da pasta econômica, o caso ainda está sendo discutido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e não deverá atingir os R$ 30 bilhões a R$ 50 bilhões que passaram a ser especulados na imprensa.
"Não tem uma data, ele [Lula] que vai definir. Mas a gente está avançando a conversa, estamos falando muito com o [Ministério do] Planejamento também. Vamos fazer uma coisa ajustadinha", disse Haddad.
Para Thays Freitas, trata-se de um tom mais brando do que vinha sendo declarado tratado pelo ministro. A jornalista ainda questionou se há um "receio" por parte da equipe econômica em tratar do assunto com o presidente.
"O país discute publicamente a necessidade de um corte de gastos e isso não é levado de forma objetiva ao presidente da República? É tudo muito estranho. É achar o momento certo, igual quando vamos falar com o chefe? Mas as vezes o momento certo não chega nunca", analisou.
Impactos econômicos
Após as declarações de Haddad, o dólar registrou forte alta e chegou em R$ 5,76 - o mais alto patamar desde 2021. "Será que o governo do PT vai cortar gastos? A gente já viu essa história antes, governos Lula 1 e 2, com indicadores positivos da economia, mas isso sendo feito às custas do endividamento público. Mas a conta chega e chega logo", pontuou.
