A prefeitura de São Paulo ainda trabalha com a possibilidade de não reajustar o preço da passagem de ônibus a partir de janeiro.
Só que, para isso, teria que arcar com o maior subsídio da história da cidade: 3 bilhões e 800 milhões de reais.
Ontem, Ricardo Nunes recebeu do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte dados sobre tarifas e custos do sistema.
A sugestão de preço que está nas mãos do prefeito neste momento é de 5 reais e 10 centavos - aumento de 70 centavos em comparação com a tarifa atual de 4 e 40.
Mesmo com aumento de 15,5%, acima da inflação pelo IPCA, a prefeitura precisaria pagar uma diferença às empresas de transporte na casa dos 2 bilhões e 700 milhões de reais.
Pra valer já a partir do dia primeiro de janeiro, o novo preço precisa ser informado à Câmara Municipal até domingo, dia 26 de dezembro.
A legislação permite um aumento sem aprovação dos vereadores, desde que a Casa seja informada com 5 dias de antecedência do reajuste.
O prefeito ainda não desistiu de conseguir uma colaboração do governo federal no custeio do óleo diesel ou pagamento da gratuidade de idosos.
O problema é que para as propostas avançarem é necessária uma votação no Congresso.
Nos bastidores, a prefeitura de São Paulo está otimista com a possibilidade de senadores pautarem o assunto no início de fevereiro, assim que terminar o recesso parlamentar.
Uma das intenções do prefeito, de acordo com fontes da Rádio Bandeirantes, é segurar o aumento até uma definição de ajuda federal ou estadual, com o custeio da gratuidade de estudantes, por exemplo.
A análise sobre o reajuste está sendo feita pelo prefeito em conjunto com as secretarias de Governo e da Fazenda, por causa da integração entre os transportes.
Para zerar o subsídio, segundo apuração da RB, a tarifa de ônibus seria de 6 reais e 50 centavos.