Tarcísio nega volta de Operação Escudo no litoral de SP após PM desaparecer

Informação havia sido divulgada inicialmente por um coronel da PM após o desaparecimento do soldado Luca Angerami em Guarujá

Redação, com Maira Di Giaimo

O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) negou nesta quarta-feira (17) que a Operação Escudo tenha sido retomada no litoral de São Paulo. A informação havia sido divulgada inicialmente pelo coronel da Polícia Militar Emerson Massera dias após o desaparecimento do soldado Luca Romano Angerami, de 21 anos, no último domingo (14)

A Secretaria de Segurança Pública chegou a divulgar nota falando sobre uma operação. No entanto, Tarcísio disse que houve apenas um reforço no policiamento por causa de um corpo encontrado na região das buscas pelo PM - que não há indícios de que ele seja de Angerami.

”Ali tem uma outra questão, não foi uma ocorrência em operação, não tem nada disso. O reforço no policiamento sempre há quando a gente sente a necessidade, essa questão do policiamento é dinâmica. A Baixada Santista é uma região estratégica e importante e que vem sofrendo muito com o crime organizado ao longo do tempo", explicou o governador durante coletiva em evento de entrega de novos leitos no Hospital das Clínicas.

A primeira Operação Escudo aconteceu em julho de 2023 após a morte do soldado da Polícia Militar Patrick Bastos Reis, pertencente a Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), que foi baleado e morto no Guarujá. Segundo a SSP, ele foi atingido quando fazia patrulhamento em uma comunidade. Segundo a investigação, a polícia conseguiu identificar e prender todos os envolvidos na morte do soldado Reis. 

A segunda ação policial recente no litoral paulista foi a Operação Verão, que durou quatro meses e foi encerrada em 1º de abril, com 56 mortes e 1.025 suspeitos presos.

O desaparecimento do PM Luca Angerami

Luca Angerami foi visto pela última vez na madrugada de sábado (13) para domingo (14) em uma adega localizada na comunidade Santo Antônio, na cidade do Guarujá. 

Durante as buscas na cidade, a Polícia Militar encontrou um homem, que, segundo os policiais, demonstrou atitudes suspeitas. Ao ser abordado, Edvaldo Aragão, de 36 anos, confessou ter participado do sequestro do jovem. Segundo ele, a arma do próprio PM foi utilizada no crime. 

Os presos teriam informado ao delegado do caso que houve uma troca de tiros, porém a perícia realizada no veículo do soldado descartou que houve disparos. A polícia ainda procurou digitais de Edvaldo Aragão no veículo, mas também não localizou. 

A polícia suspeita que Edvaldo Aragão foi induzido a dar essas informações para despistar o trabalho de investigação. 

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