Tarcísio diz que não há 'ação orquestrada, mas oportunismo' em incêndios em SP

Mais de 20 pessoas foram presas no estado por atearem fogo em propriedades; em entrevista ao Jornal Gente, governador defendeu penas mais severas para incêndios criminosos

Da redação

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defendeu penas mais severas para incêndios criminosos durante entrevista no Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, nesta quinta-feira (19). Segundo ele, no entanto, não há indícios de que houve uma "ação orquestrada" que resultou nos incêndios em todo o estado.

"Tivemos mais de 20 pessoas presas por colocar fogo criminalmente. Não há nada que nos mostre que houve ação orquestrada. Houve oportunismo. Alguns oportunistas se aproveitaram da situação de estiagem, o que afasta a proximidade entre elas [pessoas presas] e o crime organizado", disse.

Para Tarcísio, a legislação para este tipo de crime deve ser mais rígida. "A partir do momento em que se constatar incêndios criminosos [defendo] multas pesadas e aperto nas penas. Penas mais severas e punição administrativa também, da mesma forma."

Cerca de 15 mil homens entre bombeiros, Defesa Civil e brigadistas civis trabalharam no combate às chamas no estado, além de 29 aeronaves e mais de 2 mil viaturas mobilizadas. Apenas no mês de agosto foram mais de 5 mil focos de incêndios em São Paulo.

Segundo o governador, o governo federal atendeu as demandas do estado de maneira célere. “Em agosto tivemos uma crise muito grave com mais de 5 mil focos de incêndios sobretudo na região de Ribeirão Preto. Naquele momento, pedimos suporto das Forças Armadas, que chegou de forma imediata. Esse apoio foi dado de forma muita rápida.”

Metrô e sede administrativa do governo no centro  

Tarcísio de Freitas também detalhou as obras em andamento no metrô de São Paulo. Segundo ele, atualmente três tuneladoras, conhecidas como "tatuzão", atuam simultaneamente nas obras do metrô. O governo recebeu nesta semana o primeiro dos 14 trens previstos para 2026 - quando a linha 17 do metrô deve ficar pronta.

Já as obras para a transferência da sede administrativa do governo para o centro de São Paulo, no bairro dos Campos Elíseos, terá investimentos de R$ 5 bilhões. Segundo Tarcísio, servidores que atualmente estão espalhados em 60 prédios pela capital ficarão em um mesmo local. 

"O projeto ficou maravilhoso e estamos falando de uma grande mudança. São R$ 5 bilhões para concentrar no mesmo local os servidores que estão espalhados em prédios [na capital]. É também um grande recado para a iniciativa privada. Estamos devolvendo o centro para as pessoas. Atualmente roubos e furtos [na região] caíram 60%. Temos muito equipamento, inteligência e polícias. As coisas estão andando bem e conforme a gente planejou. O estado merece essas entregas", disse Tarcísio ao Jornal Gente.

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