O advogado Tacla Duran entrega à Justiça fotos e gravações que poderiam comprometer o ex-juiz Sérgio Moro. Ele é apontado pelo Ministério Público Federal como o operador financeiro de esquemas de corrupção da Odebrecht.
Em depoimento à décima-terceira Vara Federal de Curitiba ontem, o advogado alegou ter sido vítima de extorsão para não ser preso durante a operação Lava-Jato. Tacla Duran afirma ter provas de que pagou 600 mil dólares a um sócio de Rosângela Moro, mulher de Sérgio Moro, em troca de abrandamento da pena.
O acordo também incluía diminuição da multa que deveria ser paga em um acordo de delação premiada que comprometia políticos e empresários presos por corrupção. O Ministério Público Federal solicitou que os documentos entregues fossem preservados sob sigilo, o que foi negado pelo juiz Eduardo Appio.
Como a denúncia envolve parlamentares - que possuem prerrogativa de foro - o caso foi encaminhado para o Supremo Tribunal Federal. Eduardo Appio também determinou que Tacla Duran seja incluído num programa de proteção a testemunhas do governo federal.
O senador Sérgio Moro diz não temer eventuais investigações por causa de fotos e gravações e acusa o advogado de ser um "criminoso confesso".