O Tribunal de Contas do Estado de Roraima pagou 'supersalários' a quatro membros da corte como remuneração no mês de setembro, que chegaram a quase R$ 2 milhões. Os recebimentos estão muito acima do teto constitucional, de R$ 44 mil.
Segundo dados do próprio portal do TCE-RR, o presidente da corte, Célio Rodrigues Wanderley, e a conselheira Cilene Lago Salomão receberam R$ 1,8 milhão em setembro.
Além destes, o presidente da escola de contas - instituição responsável pela formação de profissionais que vão fiscalizar o uso correto do dinheiro público - Manoel Dantas Dias, e o conselheiro Joaquim Pinto Souto Maior Neto também receberam R$ 1,4 milhão de salário.
Francisco José Brito Bezerra, vice-presidente do TCE-RR, recebeu R$ 700 mil no mesmo período. Bismarck Dias de Azevedo, corregedor do órgão, recebeu R$ 600 mil de salário. Simone Soares de Souza, ouvidora, teve uma remuneração de R$ 200 mil.
Procurada, a assessoria do Tribunal de Contas do Estado de Roraima justificou que os valores incluem licença compensatória do exercício cumulativo de jurisdição, acumulo de aservo processual e abono de permanência.
"Na realidade, quer dizer o seguinte: o trabalho que eles mesmo precisam realizar. [...] Trabalhar um pouco a mais. Eles não tem horário de trabalho. Não existe, para esse tipo de servidor, um cartão de chegada e saída. Tem a produtividade, de processos, ações e fiscalizações que precisam acontecer", analisou o âncora Pedro Campos.