STF autoriza a libertação de 173 pessoas envolvidas nos ataques em Brasília

Da Redação

Brasília em 8 de janeiro
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O Supremo Tribunal Federal autoriza a libertação de 173 pessoas envolvidas nos ataques em Brasília, em 8 de janeiro, para responder ao processo em liberdade.

Segundo o ministro Alexandre de Moraes, o grupo deverá retornar às cidades de origem, mas será monitorado por tornozeleiras eletrônicas.

Os denunciados não poderão usar as redes sociais, terão o passaporte cancelado e o porte de arma suspenso.

Ao tomar a decisão, Moraes alegou que alguns suspeitos têm problemas de saúde ou filhos menores de idade, além de a maioria ser réu primário.

As investigações também apontaram que eles não agiram como financiadores ou executores dos crimes; dos mil 400 presos inicialmente, 603 já foram liberados.

Ontem foi divulgado um diálogo no qual o comandante do Exército, general Tomás Paiva, defende que não houve fraude na eleição presidencial.

A fala ocorreu dez dias após os ataques em uma reunião fechada com oficiais do Comando Militar do Sudeste.

Divulgada pelo podcast "Roteirices", a conversa foi gravada três dias antes da nomeação do general para o comando do Exército.

Tomás Paiva descarta problemas no processo eleitoral, mas reconhece que a vitória de Lula não era o resultado esperado pelos militares.

A divulgação do áudio ocorreu um dia após o ministro Alexandre de Moraes decidir que militares envolvidos nos ataques serão julgados pelo Supremo Tribunal Federal.

A cúpula do Exército concorda com a decisão por considerar que a invasão e a depredação das sedes dos Três Poderes são crimes civis.

O próximo presidente do Superior Tribunal Militar, brigadeiro Francisco Joseli Parente Camelo, também endossou a decisão.

Para ele, a medida está bem fundamentada e baseada no princípio do juiz natural.

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