Depois de seis dias da passagem de um ciclone, o presidente Emmanuel Macron visitou a ilha de Mayotte, território francês, e prometeu a reconstrução do arquipélago. Ele prometeu também a chegada de alimentos e água aos moradores do local. As informações são da jornalista e correspondente internacional, Sonia Blota, para o Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes.
Um hospital de campanha deve começar a ser construído nesta sexta, em Mayotte. O ciclone atingiu cerca de 70% da população do arquipélago com ventos de 220 km/h e ondas de quase oito metros.
"É uma ilha muito pobre. Três em cada dez moradores estão abaixo da linha da pobreza extrema, a maioria da população moram em favelas. Mais de 15 mil casas ainda estão sem luz", disse Sonia Blota.
Ao visitar o local, Macron ouviu uma população que misturava "choro, cólera e desespero".
Ainda não é possível calcular o número de mortos e desaparecidos e o Corpo de Bombeiros atua no local. Autoridades políticas de Paris pedem calma à população, "mas como pedir calma para quem está dormindo na rua e não tem água para beber?".
Macron decretou luto nacional para o dia 23, próxima segunda-feira. O presidente prometeu ainda uma lei especial para a reconstrução da ilha, o que pode levar até dois anos.