O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou a ida à COP29, no Azerbaijão, em novembro. Ele havia confirmado sua presença entre os dias 10 e 12 de novembro. Agora, ele será representado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. Esta é a terceira viagem que Lula cancela após sofrer um acidente doméstico.
Segundo Sonia Blota, correspondente em Paris para o Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, a decisão de Lula "deu falatório" em Kazan, onde aconteceu a reunião dos Brics na última semana, após Lula anunciar o cancelamento da viagem à Rússia e também ao Azerbaijão.
"A imprensa venezuelana e o procurador da ditadura de Nicolás Maduro acusaram lula de ter fugido da cúpula e simulado um acidente. Se eu fosse o presidente, falaria sobre a fraude eleitoral que aconteceu na terra de Maduro. E sobre a COP29, Lula perde oportunidade de vender melhor a COP30, que acontecerá em Belém, mas saúde é saúde e os médicos devem ser respeitados", disse Sonia Blota.
Para Sonia, o ideal seria ter Lula na COP29 devido a importância do evento. "Assessores do Palácio do Planalto contam que a ideia é Lula se recuperar bem para o G20 em novembro e, na sequencia, ir ao fórum de cooperação econômica, no Peru".
Na COP29, o Brasil deve cobrar principalmente que seja aplicada a decisão da COP15, que determina que países ricos ajudem com 100 bilhões de dólares por ano os países em desenvolvimento para que eles entrem no caminho para a meta da diminuição de carbono na atmosfera.
"A COP também é uma vitrine para o Brasil mostrar a sua biodiversidade, suas florestas não desmatadas [...] E, especialmente, mostrar que a matriz energética brasileira é limpa", avaliou Sonia.