O resultado das eleições nos Estados Unidos tem impacto no mundo todo e pode influenciar o andamento das guerras vigentes. Para a correspondente internacional Sonia Blota, apresentadora do Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, o resultado, que só deve ser conhecido na próxima semana, pode afetar também acordos e posicionamento sobre o Oriente Médio.
Para os Estados Unidos, Israel é um instrumento de seus interesses. "Tel Aviv é uma grande aliada de Washington, historicamente, sendo assim não é de se esperar que os bombardeios se encerrem rapidamente", disse Sonia Blota.
O atual presidente dos EUA, Joe Biden, cuja vice é a candidata Kamala Harris, foi o presidente que mais enviou armamentos para Israel na história da Casa Branca.
"Com Kamala, essa politica não deve mudar com tanta veemência. O marido de Kamala é judeu e atua contra o antissemitismo. De qualquer forma, Kamala diz que Israel tem o direito de se defender, mas que a matança de palestinos deve parar. Pelo menos no discurso, ela sinaliza a vontade de conter Israel", avaliou Sonia.
Já Donald Trump e Benjamin Netanyahu são próximos e, nos bastidores, o candidato republicano teria dito ao primeiro-ministro de Israel para "fazer o que deve ser feito".
Se ganhar, Trump também promete ser muito mais duro com Teerã, capital do Irã. Outro ponto divergente entre Kamala e Trump é que a candidata democrata, acredita na chamada "solução dos dois estados" na busca de uma resolução para os conflitos entre Israel e Palestina, já Trump nunca apoiou essa ideia.
Como democracia, o presidente eleito nos EUA precisará da Câmara e do Senado para governar. Portanto, após as eleições para presidente, a composição do Congresso é o próximo tema importante para o país.