O ex-presidente Donald Trump retornará à Casa Branca, em 20 de janeiro, segundo projeções de agências internacionais. Trump conquistou 276 delegados até a manhã desta quarta-feira (6) e se tornará o 47º presidente dos Estados Unidos após uma eleição disputada e com momentos tensos.
Segundo a jornalista e correspondente internacional do Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, a apresentadora Sonia Blota, os mercados financeiros mundiais acompanham com atenção a vitória do republicano.
"Trump sempre pregou a política da América em primeiro lugar, do fortalecimento do dólar, da desregulamentação do mercado americano, da redução dos impostos e do aumento das barreiras tarifárias. Apesar de Trump estar dizendo que vai baixar a inflação e reduzir o déficit público, o mercado não compra completamente esse discurso e aposta no chamado 'Trump Trade', que entre outras consequências dá um recorte inflacionário para a economia americana. Os mercados financeiros do mundo todo acordaram em polvorosa. As bolsas da China e dos mercados emergentes apontam para baixa ao contrário dos mercados europeus e, claro, do mercado americano, que sobem neste momento", disse Sonia Blota.
Segundo a correspondente em Paris, o Brasil, como um mercado emergente, tende a sofrer. “Taxas de juros americanas altas nunca foram boas para nós. E isso pode fazer com que o real se desvalorize. Como nossa moeda já está muito machucada pelas expectativas, cabe ao governo brasileiro agora focar na responsabilidade econômica e no equilíbrio fiscal.”
"Dólar alto atiça a inflação, o que não é nada bom para o bolso dos brasileiros. Governo brasileiro deve ter em vista que uma das causas da derrota democrata foi o mau humor do eleitor americano com o seu bolso", disse a jornalista.