O Rio Grande do Sul segue em processo de reconstrução após a tragédia das enchentes que devastaram o estado, mas houve redução significativa dos desabrigados. O número passou de 70 mil para 45 mil, de acordo com dados desta sexta-feira (31) da Defesa Civil.
A situação também apresentou melhora na capital, Porto Alegre. Inicialmente, eram 14 mil pessoas desabrigadas, agora reduzido para menos de 10 mil.
Dos 497 municípios do estado, 473 reportaram danos causados pelas enchentes. Esforços significativos estão em andamento para entender e mitigar os danos.
Trabalhos no Guaíba
O Centro de Geoinformação do Exército Brasileiro iniciou trabalhos de topografia para determinar a cota de inundação do Lago Guaíba. A verificação está ocorrendo em pelo menos 20 pontos do Cais Mauá, na zona norte de Porto Alegre.
Equipamentos de precisão estão sendo utilizados para coletar dados geométricos da região, como coordenadas e altitudes, que serão fundamentais para a determinação das cotas de inundação.
Estes dados serão compartilhados com a Agência Nacional de Águas e o Serviço Geológico do Brasil. As medições preliminares indicam que a cota de inundação está agora em 3,60 metros, com a cota de alerta em 3,15 metros, sujeitas a atualizações.
Além disso, a prefeitura de Porto Alegre está trabalhando intensamente na liberação de acessos para reparos no Dique dos Sarandi, localizado na zona norte da cidade.
Com o auxílio de retroescavadeiras e outras máquinas, casas construídas sobre o dique estão sendo demolidas para permitir reparos nas estruturas de contenção de cheias.
Até o momento, 20 casas foram demolidas e o plano da prefeitura prevê a remoção de um total de 379 imóveis no local. Um bônus moradia de R$ 127 mil foi anunciado para as famílias que perderão suas casas devido a essa intervenção.
Números da tragédia
- Até o momento, foram confirmados 169 óbitos,
- Quarenta e quatro pessoas permanecem desaparecidas.
- Mais de 2 milhões de gaúchos foram afetados.
- Além disso, 620 mil pessoas ainda estão fora de suas casas.