Os ministros das Relações Exteriores da Rússia e Ucrânia se reúnem hoje para tentar um acordo de cessar-fogo na guerra que já dura há 2 semanas.

O encontro de Sergey Lavrov e Dmytro Kuleba será na Turquia, com mediação dos governos turco e israelense.

É a primeira vez, desde o início da guerra, que o alto-escalão da Rússia e Ucrânia vai negociar frente a frente.

As 3 últimas reuniões foram com representantes dos 2 países, que conseguiram implementar os corredores humanitários para a fuga de civis em zonas de conflito.

Vamos a Genebra, na Suíça, saber mais detalhes do encontro de hoje com o correspondente da Rádio Bandeirantes Jamil Chade.

Ainda sem acordo de paz, a guerra na Ucrânia se intensifica e as tragédias humanitárias vão se agravando.

Tropas russas aumentaram os bombardeios a grandes cidades; ontem, um hospital inaugurado há 6 meses foi atacado em Izyum.

O governo de Kiev também acusa a Rússia de destruir uma maternidade e um hospital infantil em Mariupol.

Num pronunciamento, o presidente Volodymyr Zelensky disse que os ataques já passaram dos limites.

Por causa desses ataques, o presidente da Ucrânia afirmou que a Europa precisa endurecer as sanções contra a Rússia.

Para Volodymyr Zelensky, só assim os russos vão parar com esse "genocídio".

Em meio aos ataques, foi dado um alerta sobre os riscos de um vazamento na usina de Chernobyl que está desativada desde o fim dos anos 80 após um acidente nuclear.

De acordo com o governo da Ucrânia, o local está sem energia elétrica.

Chernobyl está sob o controle russo e o governo de Kiev pede que seja respeitado um cessar-fogo para a realização de reparos.  

Porém, a Agência Internacional de Energia Atômica garante que o risco de um vazamento é baixo.

Outra usina tomada pelos russos, a de Zaporizia, está com danos em parte do sistema de resfriamento.

Além disso, a Agência Internacional de Energia Atômica disse que perdeu o acesso à transmissão de dados da segurança da maior usina da Europa.