Relator defende PL que libera cassinos e jogo do bicho: "Já são uma realidade"

Senador Irajá (PSD-TO) argumenta que proposta ajudará a economia e no combate ao crime organizado

Da Redação

O relator do projeto que regulamenta cassinos e outros tipos de jogos no Brasil, o senador Irajá (PSD-TO), afirmou em entrevista para a Rádio Bandeirante nesta quinta-feira (20) que a proposta, aprovada na de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na última quarta (19), só visa regulamentar algo que já é uma realidade brasileira. 

O Projeto de Lei autoriza o funcionamento de cassinos e bingos no Brasil, legaliza o jogo do bicho e permite apostas em corridas de cavalos.

“É importante a gente destacar que os jogos são uma realidade no país. Estão presentes na vida e na rotina dos brasileiros há séculos. O jogo do bicho, todos sabemos, foi inventado em 1892”, afirmou o senador. 

Pela proposta, a construção dos cassinos será liberada via concessões públicas. Cada Estado poderá ter pelo menos um cassino. São Paulo pode ter até três, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará e Amazonas, dois. 

Segundo Irajá, a regulamentação ajudará a combater o crime organizado, já que o negócio de bingos e cassinos clandestinos já existe. 

“Os cassinos funcionam de forma clandestina, o problema é esse. Tudo isso está acontecendo de forma irregular, clandestina. O pior, sob o comando e o controle das organizações criminosas, das milícias e coisas do gênero. O que queremos fazer é justamente a correção disso”, afirmou o relator da proposta. 

Apesar de ter avançado na CCJ, a proposta deve enfrentar dificuldades para ser aprovada no plenário do Senado. Políticos ligados à bancada evangélica já se manifestaram contra a liberação desse tipo de jogo. 

Irajá espera convencê-los com o impacto econômico da medida. A estimativa é que ela gere 1,2 milhão de empregos, e em torno de R$ 22 bilhões em receitas. 

“Os ganhos serão muito maiores do país do que qualquer diferença ideológica ou religiosa que possa existir”, disse o senador.

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