O Primeiro Comando da Capital (PCC) executou dois homens que planejaram o sequestro e morte do senador Sergio Moro (União-PR) e de outras autoridades dentro da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, na tarde desta segunda-feira (17).
Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, e Reginaldo Oliveira de Souza, o Rê, foram mortos a golpes de faca durante o banho de sol, por três presos que confessaram o crime.
Em entrevista à Rádio BandNews, o promotor de justiça Lincoln Gakiya, que investigava os detentos, aponta que eles eram membros importantes da "Sintonia Restrita" do PCC, setor responsável por planejar atentados contra autoridades e resgates de líderes da facção.
Janeferson e Reginaldo foram presos no último ano durante a Operação Sequaz, que desmantelou um plano do PCC para assassinar figuras públicas, incluindo o senador Moro e o próprio promotor Gakiya.
O plano estava relacionado às transferências de presos, como a do líder da facção, Marcola, para presídios federais. Gakiya acredita que a motivação do crime seja uma queima de arquivo ordenada pelo próprio PCC.
Como foram as mortes
No relato do promotor, os assassinatos ocorreram de maneira coordenada: Nefo foi levado ao banheiro e esfaqueado, seguido pela morte de Rê no pátio.
Os três detentos que cometeram os crimes se entregaram logo após as execuções, mas permaneceram em silêncio quanto às motivações específicas.
Disputa interna
A morte de Janeferson e Reginaldo, figuras de liderança dentro da organização, sugere disputa interna pelo poder..
A transferência de líderes para presídios federais, que enfraqueceu a cadeia de comando do PCC. O cenário pode indicar um racha significativo dentro da facção.