Quem era o montanhista brasileiro que morreu durante escalada de vulcão no Peru

Com mais de 150 montanhas no currículo, Marcelo Motta Delvaux, de 55 anos, era considerado um dos profissionais brasileiros mais experientes em escalada em alta montanha

Da redação

O montanhista e guia brasileiro Marcelo Motta Delvaux, de 55 anos, era considerado um dos profissionais mais experientes da modalidade e já tinha escalado mais de 150 montanhas nos Andes e Himalaia.  

Ele praticava escalada em rocha desde os anos 1990 e iniciou a escalada de alta montanha nos anos 2000. Marcelo foi o líder da primeira expedição de Minas Gerais ao Himalaia, em 2009, e escalou a sexta montanha mais alta do mundo, o Cho Oyu, de 8.201 metros.

O montanhista, natural de Juiz de Fora, teria caído em uma fenda de gelo durante a escalada de um vulcão no Peru no último dia 30. 

Marcelo durante escalada / Foto: arquivo pessoal

Até o momento, o corpo de Marcelo não foi encontrado, mas uma equipe de montanhistas encontrou neste sábado (6) indícios do acidente e alguns pertences. 

Amigos e familiares do montanhista atribuem à polícia peruana a responsabilidade pelo resgate do corpo. No entanto, não há previsão de resgate e remoção por causa das dificuldades de acesso e os riscos que o local oferece.  

Pedro Hauck, amigo de Marcelo e montanhista, participou das buscas e encontrou os bastões do amigo ao lado da fenda. Hauck afirmou à reportagem da Rádio Bandeirantes, que as condições do local não permitem o pouso de um helipcóptero.  

Marcelo escalava o vulcão Nevado Coropuna, uma montanha com 6.300 metros de altitude no Peru, a quarta montanha mais alta do país.  

Marcelo começou a escalada no dia 25 – dados de localização de seu GPS mostravam que ele havia chegado ao cume próximo das 15h do último domingo (30).  

Porém, na volta, não foi possível realizar um novo contato com o brasileiro.

O montanhista brasileiro Marcelo Motta Delvaux, de 55 anos / Foto: arquivo pessoal

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