A Polícia Federal aponta que a quadrilha liderada por Marcos Moura, conhecido como 'Rei do Lixo', teria movimentado R$ 1,5 bilhão em licitações suspeitas de fraude na Bahia e em outros 16 estados. O órgão irá oferecer delação premiada ao empresário, que está preso desde a semana passada.
Ele é acusado de liderar o esquema de fraudes em licitações de limpeza urbana em diversas prefeituras. A quadrilha é suspeita de usar dinheiro de emendas parlamentares para pagar propina a servidores públicos e obter vantagens em contratos.
O esquema mirava projetos de engenharia com recursos pagos a congressistas para superfaturar obras ou serviços e depois desviar o dinheiro. Agora, o objetivo da PF é de identificar todos esses contratos e em cada contrato que houve um tipo de fraude ou corrupção e os envolvidos no esquema.
A PF destaca que a organização criminosa tinha influência até na preparação dos documentos das licitações. Assim, definia as demandas para favorecer as empresas do grupo nas disputas licitatórias, é o que explica o agente da PF, Eduardo Marques. "Eles faziam o dinheiro circular em diversas contas para dificultar o rastreio", diz o agente.
A operação já prendeu 16 pessoas e um suspeito segue foragido. 11 detidos já foram interrogados, mas ficaram em silêncio. Mais de R$ 160 milhões foram apreendidos, além de carros e aeronaves.
Polícia Federal investiga fraudes lideradas por 'Rei do Lixo'
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