O Ministério da Educação deve apresentar em agosto o texto final da proposta para a mudança do Novo Ensino Médio.
A consulta sobre o tema terminou na semana passada com mais de 150 mil contribuições de alunos, professores e gestores de escolas.
O ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro considera a reforma importante.
Presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, ele destaca, porém, que não se pode abrir mão de disciplinas básicas do currículo.
Esse ponto deverá ser levado em consideração pelo MEC, que fará alterações nas cargas horárias de matérias como língua portuguesa e matemática.
Renato Janine Ribeiro também criticou a amplitude da parte flexível do currículo, hoje chamada de novos "itinerários".
De acordo com o MEC, haverá a manutenção de um currículo flexível.
Mas os itinerários serão menos amplos, provavelmente, em menor quantidade e com um direcionamento partindo do governo federal.
A atual política do ensino médio foi aprovada em 2017, na gestão de Michel Temer; a ideia era tornar essa etapa da educação mais atrativa para evitar a evasão escolar.
Pela lei, a implementação deveria ocorrer de forma escalonada até 2024.
No ano passado, a implementação começou pelo primeiro ano do ensino médio com a ampliação da carga horária para, pelo menos, cinco horas diárias.
Já a partir deste ano, a implementação deveria seguir para o primeiro e segundo anos e os itinerários começariam a ser implementados na maior parte das escolas.
O cronograma foi, no entanto, suspenso pelo governo para que sejam analisadas as ideias da consulta pública.