Primeiro caso de gripe aviária confirmado no Rio Grande do Sul
O Ministério da Agricultura divulgou oficialmente o primeiro caso de gripe aviária no estado do Rio Grande do Sul. O vírus em questão é o H5N1 e foi detectado em um cisne-de-pescoço-preto na Estação Ecológica do Taim, localizada em Santa Vitória do Palmar. Como medida preventiva, a área afetada já havia sido interditada na sexta-feira.
Apesar dessa ocorrência, a Secretaria Estadual de Agricultura assegurou que a presença do vírus em aves silvestres não compromete a condição do estado e do país como livre de doença. A pasta também acrescentou que a descoberta desse caso não tem consequências para o comércio de produtos avícolas, pois "não há risco no consumo de carne e ovos, uma vez que a doença não é transmitida por meio do consumo".
Autoridades de saúde estão expressando preocupação com a possibilidade de mutação do vírus H5N1 para humanos. Isso se deve ao fato de que o vírus tem se espalhado para países que anteriormente estavam livres dele. Desde o final de 2022, o H5N1 tem se disseminado pela América, atingindo nações como Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Equador, Honduras, Panamá, Peru, Venezuela e Chile.
No início de 2023, a Argentina e o Uruguai identificaram seus primeiros casos, enquanto o Paraguai e o Brasil registraram as primeiras ocorrências neste mês.
Como uma pessoa se contamina?
“A contaminação da ave selvagem para os humanos, ela acontece principalmente pelas fezes, porque nas aves o H5N1 causa diarreia” alerta o infectologista e diretor clínico do Grupo Fleury, Dr. Celso Granato.
É por isso que não se deve tocar e nem recolher aves doentes. A doença também pode ser transmitida ainda por água e objetos contaminados com essas secreções, acrescenta a OMS.
Até o momento, o Brasil registrou um total de 13 casos confirmados de gripe aviária em aves silvestres, sendo nove no Espírito Santo, três no Rio de Janeiro e um no sul do Rio Grande do Sul.