Rádio Bandeirantes

Presidente do TRE-SP diz que voto deveria ser facultativo no Brasil

Em entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, Silmar Fernandes defendeu a segurança das urnas eletrônicas; "desde 1996 não há um caso comprovado de fraude na urna"

  • facebook
  • twitter
  • whatsapp

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), Silmar Fernandes, afirmou em entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, nesta quinta-feira (12), que o voto no Brasil não deveria ser obrigatório.  

"Eu acho que não deveria ser obrigatório. Em muitos países o voto é facultativo e eu acho que aqui deveria ser também. Não considero a taxa de abstenção de 20% aqui no Brasil muito [alta]. Muitos faltam mesmo porque estão fora do seu domicílio e justificam ou porque não tem interesse", disse.

O presidente do TRE-SP afirmou que o estado de São Paulo tem 78 mil candidaturas vigentes para as eleições de outubro. Ele defendeu a segurança das urnas eletrônicas e afirmou que havia "fraude deslavada" quando o país ainda votava usando o papel.  

"Por que temos urnas eletrônicas? Porque havia fraude deslavada em voto de papel. Nosso país infelizmente tem a cultura de fraudar. Em conversa com um juiz alemão, perguntei por que lá não há urna eletrônica e ele me respondeu porque lá não há a cultura da fraude.  

Segundo ele, desde a implantação do sistema eletrônico de voto no Brasil não há nenhuma comprovação de fraude. "A nossa urna é absolutamente segura. Não temos um caso comprovado de fraude na urna desde 1996. Para nós, da Justiça Eleitoral, a urna eletrônica é um orgulho."

Eleitor tem que deixar o celular para entrar na cabine de votação

Fernandes também destacou que eleitores que se recusarem a deixar o celular para entrar na cabine de votação podem responder pelo crime de desobediência. Eleitores que causarem tumulto ao votar também podem responder criminalmente.  

"Não pode, no dia da eleição, entrar com o celular na cabine de votação. Tem eleitores que não entregam o celular para ninguém. Ele vai deixar o celular em uma mesa entre a cabine e o mesário, à vista do eleitor. Por vezes o juiz da cidade acaba sendo chamado. O cidadão que cria tumulto pode responder por um crime que é tumultuar a sessão eleitoral. O que não deixar o celular também pode responder por crime de desobediência. Democracia é uma coisa muito cara para nós. E a Justiça eleitoral existe para zelar, cuidar e fiscalizar o exercício desse direito ao sufrágio", disse ao Jornal Gente.

O primeiro turno das eleições municipais acontece no dia 6 de outubro. O segundo turno no dia 27. As sessões eleitorais serão abertas às 8h, com encerramento às 17h, pelo horário de Brasília.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.