O presidente do Peru, Pedro Castilho, anunciou hoje a dissolução do congresso do país, além de um governo de emergência e toque de recolher.
Em anúncio veiculado na TV aberta peruana, Castilho afirmou que a maioria dos congressistas é racista, obstruindo o governo do presidente que é campesino.
“Para essa maioria, que representa os oligopólios e monopólios, não é possível que um campesino governe o país, atendendo os mais vulneráveis”, disse o mandatário.
Castilho, eleito em 2021, passou por três tentativas de impeachment, além de investigações no congresso sobre supostos esquemas de corrupção.
O presidente afirmou que “a única agenda do congresso é a vacância presidencial e a renúncia a qualquer preço”. Segundo Castilho, mais de 70 projetos de lei foram enviados ao legislativo, como as reformas agrária e tributária, mas que não foram sequer apreciadas.
Desta forma o líder peruano afirmou que “esta situação intolerável não pode continuar, em atenção ao anseio cidadão, tomamos a decisão de instaurar um governo de exceção, com o intuito de restabelecer a democracia e o estado de direito”.
Castilho anunciou que o congresso atual está dissolvido e novas eleições serão convocadas rapidamente. Os novos eleitos terão a missão de redigir uma nova Constituição para o país, em até 9 meses.
Neste período, o presidente governará por meio de decretos-lei.
A partir de hoje, os peruanos terão um toque de recolher, das 22h às 4h de cada dia.
Uma das missões do novo governo é a de reformar o poder judiciário, incluindo o Ministério Público.