UOL - O melhor conteúdo

Presidente da Conmebol é acusado de racismo ao comparar times brasileiros com macaca de Tarzan

Alejandro Dominguez disse que Libertadores sem clubes do Brasil seria como "Tarzan sem Cheeta"

Da redação com Gustavo Soler

Presidente da Conmebol é acusado de racismo ao comparar times brasileiros com macaca de Tarzan
Alejandro Dominguez, presidente da Conmebol
Divulgação/Conmebol

Após o sorteio dos grupos da Libertadores e Sul-Americana na noite de segunda-feira (17), o presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, foi acusado de racismo após uma declaração sobre clubes brasileiros. Ele foi questionado por jornalistas se o próprio imaginaria uma Libertadores sem clubes brasileiros. O mandatário da entidade máxima do futebol sul-americano respondeu aos risos "Isso seria como Tarzan sem Cheeta".

Na história de Tarzan, a personagem Cheeta é um macaco. Durante a cerimônia para conhecer os grupos de cada participante da Copa Libertadores, o presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez fez um pronunciamento sobre as medidas que a entidade vai ter no combate ao racismo.

“O racismo é um flagelo que não nasce no futebol, senão nas sociedades, mas afeta o futebol, e a Conmebol é sensível a essa realidade. Como não ser sensível à dor de Luighi? Nosso desafio é sermos justos com aqueles que não são responsáveis por esses fatos", afirmou em discurso, citando o caso Luighi, na Libertadores sub-20. 

"A Conmebol aplica sanções e faz tudo o que está ao seu alcance para mudar essa realidade, mas não é suficiente”, completou. Nas redes sociais, o presidente da Conmebol foi acusado de racismo pela comparação. 



"Tá claro que ele quis dizer que os clubes são macacos, revigorando seu racismo, e essa declaração é criminosa", escreveu um internauta no X. "O presidente da Conmebol é abertamente racista com os brasileiros. E a FIFA vai fazer nada não?", questionou outro. 

Pelas redes sociais, Alejandro Dominguez pediu desculpas por usar a frase. “Jamais tive a intenção de menosprezar ou desqualificar ninguém. A Conmebol Libertadores é impensável sem a participação de clubes dos 10 países membros”, escreveu. 

“Reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de discriminação”, pontuou. 

No último dia 10 de março, antes de iniciar a partida entre Palmeiras e São Paulo, a presidente do Verdão, Leila Pereira alegou: "já que não somos respeitados pelo órgão que controla a América do Sul, por que não ir para Concacaf? Com certeza financeiramente seria muito melhor".

O Palmeiras segue buscando alternativas viáveis para que a Conmebol e seu presidente também sejam responsabilizados pelos casos de racismo e xenofobia envolvendo a torcida do Cerro Porteño contra os jogadores Luighi e Figueiredo, durante uma partida da Libertadores Sub-20.

O Cerro Porteño foi multado pela Conmebol em US$ 50 mil (cerca de R$ 290 mil) e jogará partidas da Libertadores sub-20 com portões fechados, como punição pelo caso de racismo. Além disso, o Cerro também deverá publicar, em suas redes sociais, uma campanha de conscientização e de combate ao racismo. O Palmeiras repudiou essas medidas. 

Tópicos relacionados

Aceitar cookies

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.

Aceitar