Presidente da Câmara de SP diz que não seria secretário de Nunes: "não aceito ter patrão"

Milton Leite vai deixar a vida pública após 27 anos na Câmara Municipal de São Paulo; ele afirmou que voltará a cuidar de sua empresa e, por isso, resolveu não se candidatar nas eleições municipais

Da redação

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União), afirmou nesta quinta-feira (31), em entrevista ao Manhã Bandeirantes, da Rádio Bandeirantes, que não aceitaria um convite do prefeito reeleito, Ricardo Nunes (MDB), para compor seu secretariado para o próximo mandato.  

Milton Leite vai deixar a vida pública após 27 anos na Câmara Municipal de São Paulo. Atualmente, ele é o presidente da Casa e foi reeleito sete vezes consecutivas para o cargo de vereador na cidade de São Paulo.  

"Eu nunca quis ser secretário de quem quer que seja. Nunca esteve nos meus planos participar do executivo. Recuso qualquer cargo que me ofertem de secretário ou ministro. Não quero, não aceito ter patrão. Eu sou um cidadão de personalidade muito difícil com posições incisivas e difíceis. Eu prefiro colaborar o máximo que posso como tenho feito com Ricardo [Nunes] e me limito a isso", disse Leite.  

Sobre a sucessão na presidência da Câmara Municipal de São Paulo, Leite deve emplacar o aliado Ricardo Teixeira (União), que liderou a Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade no ano passado. Ao Manhã Bandeirantes, o político afirmou que já reuniu a bancada para discutir os nomes e ver as primeiras impressões, mas o tema ainda não avançou.

"Na composição que fizemos, ficou ajustado que caberia, nos próximos 4 anos, a presidência [da Câmara] ao União Brasil. Eu tenho a tradição de discutir internamente esses nomes (...) Vamos ouvir o prefeito, a base e a oposição. Aquele [nome] que melhor transitar, vamos decidir em conjunto", disse Milton Leite.

O presidente da Câmara Municipal não acredita que o Partido dos Trabalhadores (PT) possa aceitar participar da base de Nunes na Câmara dos Vereadores. Para ele, "o PT é um partido grande, que pode apoiar projetos, mas dificilmente comporá bancada".

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