O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), conversou na tarde desta quarta-feira (19) com Ana Paula Rodrigues e Joel Datena no programa Bora Brasil e explicou como funcionará o programa 'Cidades Antirracistas', promovido pelo Ministério Público de São Paulo.
Segundo o gestor, a cidade aderiu ontem à iniciativa e o intuito é dar visibilidade ao problema para que o poder público possa criar meios para combatê-lo.
"Nós vamos criar uma lei que vai multar a pessoa que tiver qualquer prática de racismo nos espaços públicos. Infelizmente, ainda convivemos com essa prática nojenta do racismo. Estabelecimento privado que permitir isso será multado."
Orlando explicou que, para que o programa funcione, será preciso seguir uma série de tarefas delegadas pelo MP para que a cidade possa manter-se no projeto. Será criado um conselho municipal voltado sobre o tema para gerir a questão na cidade e, posteriormente, um fundo municipal.
Além das medidas, o prefeito explicou que a cidade passará a disponibilizar um canal de denúncias para que os munícipes possam relatar casos de racismo às autoridades através de um aplicativo chamado 'SBC na palma da mão'.
"O canal será como se fosse uma ouvidoria. Para denunciar esta prática em qualquer ambiente. Seja ele público, privado, para que as pessoas criem coragem e denunciem"
Nele, será possível realizar denúncias diretamente à Guarda Civil Metropolitana e as autoridades passarão a investigar o caso. As denúncias poderão ser realizadas de maneira anônima.
Casos recentes de racismo
Na última semana, o preparador físico do Universitário-PER, Sebastián Avellino Vargas, foi preso na Neo Qímica Arena após um jogo contra o Corinthians, válido pela Copa Sudamericana por realizar gestos de macaco em direção a torcida corinthiana. O peruano permanece preso há uma semana e, hoje, o Ministério Público se manifestou de maneira favorável a continuidade de sua prisão, bem como apresentou uma denúncia contra o profissional.