Preço para manter jazigo sobe em até 15 vezes em cemitério da Zona Norte de SP

Denúncia de ouvinte da Rádio Bandeirantes mostra que mudança no sistema de manutenção dos jazigos obriga familiares a gastarem até R$ 22 mil

Luiz Felipe Nunes

As famílias com entes queridos no cemitério da Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte de São Paulo, podem ter que pagar até 15 mais por um jazigo no espaço de cinco anos, quando a administração passou para a iniciativa privada. É o que aponta uma denúncia feita por uma ouvinte para a Rádio Bandeirantes

A diferença ocorre devido à mudança do sistema de uso dos jazigos. Antes, a família podia escolher entre diferentes planos, de cinco a até 25 anos, com os valores variando entre R$ 1.470 a R$ 7.350. 

Ao buscar a renovação após o período de cinco anos, a ouvinte - que pediu para o nome não ser revelado por medo de represálias -  foi informada que o cemitério agora só aceita o modelo de compra definitiva do jazigo. O valor é de R$ 19.385 a vista, podendo chegar a até R$ 22 mil de forma parcelada.

A concessionária responsável pela administração do cemitério ainda ofereceu a ela levar os restos mortais dos familiares para um ossuário individual, pelo valor de até R$ 5 mil, contando o preço da exumação dos corpos. 

A Câmara de Vereadores de São Paulo convocou nesta semana representantes das concessionárias dos cemitérios sobre a denúncia do não cumprimento de contratos e abusos desde que os estabelecimentos passaram para a iniciativa privada. 

Nesta segunda-feira (11),  João Manoel da Costa Neto, diretor-presidente da SP Regula, falou na condição de convidado. 

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