O preço do diesel está hoje em patamar recorde após a quinta semana seguida de alta.
O litro custa, em média, 6 reais e 94 centavos no país, mas pode passar dos 8 reais em locais como o estado do Acre.
No ano, o aumento acumulado soma quase 30%.
E não há no radar sinais de reversão desse quadro, destaca a economista Natália Maria Cruz.
A alta do diesel tem efeito dominó; o frete fica mais caro e, consequentemente, os alimentos também.
Principalmente em um país como o Brasil, onde a cadeia produtiva depende do transporte rodoviário.
Segundo a Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento, produtos vendidos nas Ceasas tiveram aumento médio de 10%.
Proprietário de uma distribuidora, Waldir Júnior diz que o movimento foi sentido principalmente nas últimas duas semanas.
E não é só a comida que fica mais cara; Edilton Cirino teve de cortar despesas no restaurante dele.
Ontem, o governo anunciou mais uma redução de 10% nas alíquotas do Imposto de Importação sobre grande parte dos produtos comprados no exterior.
A medida atinge mais de 6 mil mercadorias, incluindo feijão, carne, massas, biscoitos, arroz e materiais de construção.
A redução começa em primeiro de junho e terá validade até 31 de dezembro de 2023.
De acordo com o Ministério da Economia, a medida visa reduzir os impactos da pandemia e da guerra na Ucrânia sobre o custo de vida e o setor produtivo.
O dólar fechou em queda pela terceira sessão seguida e encerrou a segunda-feira vendido a 4 reais e 80 centavos, queda de um 1,4%; já o IBovespa subiu 1,71%.