Cerca de 7 mil pessoas foram atendidas nos três prontos-socorros de Praia Grande, no litoral de São Paulo, nas últimas 48 horas, segundo o prefeito Alberto Mourão. O número representa um aumento de 40% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em entrevista ao Manhã Bandeirantes, da Rádio Bandeirantes, Mourão informou que reforçou o atendimento médico nas três unidades de pronto-atendimento para dar vazão ao aumento no número de pacientes.
"Os números são altos (...) não sou médico, mas o ser humano sabe que tem ser fiscal de si mesmo. A virose ficou um fato regional em quase todo o litoral. Temos reforço nos três prontos-socorros com médicos 24 horas e o tempo de espera é de cerca de uma hora e meia", disse.
Segundo o prefeito, ainda é investigado o que pode ter causado os sintomas de virose em moradores e turistas da cidade. Mourão destacou ainda que é preciso cuidado na alimentação nas areias e que fiscais da prefeitura buscam acompanhar a venda dos alimentos na orla da praia.
“Se continuar assim, ano que vem vamos ter 14 mil atendimentos”, disse Mourão nesta sexta-feira (3). O prefeito confirmou também que já faltam medicamentos nas farmácias da cidade para tratar sintomas de virose.
Segundo a prefeitura, do dia 31 de dezembro até o dia 6 de janeiro estima-se que 1,5 milhão de turistas estejam na cidade, além das 400 mil pessoas que residem na cidade - este é um dos maiores fluxos de pessoas na história da cidade.
Outras praias
Das 175 praias usadas por banhistas no estado de São Paulo, 38 estão impróprias para banho, segundo novo relatório de qualidade da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
No Guarujá, foram realizados mais de 2 mil atendimentos por viroses em dezembro, segundo a prefeitura, e algumas unidades de saúde tiveram o horário de atendimento ampliado.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Olívia Mendonça, responsável pelo abastecimento na Baixada Santista da Sabesp, afirmou que a qualidade da água é monitorada e que não é a causa para a alta de casos de virose na região.