Não existe um clima de euforia entre a população russa diante da invasão à Ucrânia.
A fala é do historiador brasileiro morador de Moscou Rodrigo Ianhez, entrevistado na Rádio Bandeirantes.
O país tem sido atingido por uma série de sanções e mecanismos econômicos com o objetivo de sufocar as finanças.
Ontem, a União Europeia anunciou o bloqueio das transações do Banco Central da Rússia, o que vai levar ao congelamento de metade das reservas do país.
O bloco também aceitou o pedido da Ucrânia para financiar o fornecimento de aviões de combate.
E, junto com o Canadá, determinou o fechamento do espaço aéreo para todos as aeronaves russas, inclusive os jatos privados.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Rodrigo Ianhez afirma que as medidas bucam minar a popularidade e pressionar o presidente Vladmir Putin.
Manifestações em várias cidades do mundo pedem o fim do conflito; ontem, mais de 100 mil pessoas ocupam as ruas de Berlin, a Alemanha, contra o conflito.
Em Moscou, os protestos têm sido fortemente reprimidos pelas forças de segurança da Rússia.
Historiador residente em Moscou, Rodrigo Ianhez diz que a repercussão da invasão fez o clima no país ficar tenso.
Além da pressão e das sanções impostas à Rússia, a União Europeia também mira no regime do presidente de Belarus, que participou do ataque contra a Ucrânia.
Entre os setores atingidos por decisões do bloco estão aço, ferro e fumo, que compõem a pauta de exportações do país.