Polícia Federal continua as investigações de bolsonaristas suspeitos

A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF

Alexandre de Moraes
Fellipe Sampaio /SCO/STF

A Polícia Federal continua as investigações sobre os grupos suspeitos de financiar e organizar atos antidemocráticos e bloqueios em rodovias. Os alvos são apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, acusados de participação em manifestações contra o resultado das eleições.

Ontem, a PF cumpriu pelo menos 100 mandados de busca e apreensão em oito estados e no Distrito Federal. A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, dentro do inquérito que apura atos ilegais contra instituições.

Na ação, foram apreendidas 11 armas, incluindo uma submetralhadora, um fuzil e rifles com luneta. Três pessoas também foram presas preventivamente: o jornalista Jackson Rangel, o pastor Fabiano Oliveira e o empresário Max Pitangui. Na última quarta-feira, Alexandre de Moraes já havia afirmado durante um seminário que os responsáveis seriam punidos.

Entre os investigados estão deputados estaduais bolsonaristas como o capitão Assumção e Carlos Von, ambos do Espírito Santo. Os parlamentares vão ter que usar tornozeleira eletrônica e estão proibidos de deixar o estado e de usar as redes sociais. Além disso, Moraes também determinou o bloqueio de contas e a quebra do sigilo bancário dos dois deputados e de outros investigados.

Pela internet, o capitão Assumção ironizou: disse que cometeu o crime de "livre manifestação do pensamento". O futuro ministro da Justiça Flávio Dino rebateu, e afirmou que "definitivamente não se trata de liberdade de expressão". A operação se baseou em uma rede de investigação formada pelo Ministério Público, Polícia Rodoviária Federal e as polícias Civil e Militar dos estados.

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