Rádio Bandeirantes

Polícia deflagra megaoperação que mira criminosos que atuam no Centro de SP

Ação com mais de mil agentes nas ruas cumpre de 117 mandados de busca e apreensão e sete de prisão; GCM Elisson Assis, acusado de extorquir moradores por segurança no centro, é um dos alvos

Por Maju Arruda Leite

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A Polícia Civil deflagrou na manhã desta terça-feira (6) uma megaoperação cujo foco são criminosos que atuam na região central da cidade de São Paulo. A operação integrada visa a desarticulação da logística do crime organizado em diferentes pontos do Centro. 

Batizada de "Salus et Dignitas", a ação cumpre de 117 mandados de busca e apreensão, 7 de prisão, 46 de sequestro e bloqueio de bens, além da suspensão de atividade econômica de 44 prédios comerciais.

Um dos mandados de prisão é o do guarda civil metropolitano Elisson Assis. 

Elisson Assis fazia parte da Inspetoria de Operações Especiais (Iope), considerada a "tropa de elite" da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e era dono de uma empresa de segurança privada.

Ele é acusado de remanejar o fluxo de dependentes da Cracolândia usando as forças da GCM a partir do recebimento de valores de comerciantes e moradores da região. Além de Elisson, outros três GCMs também tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça.

Após a reportagem do Jornal da Band, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MPSP) pediu ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) relatórios onde constavam operações financeiras atípicas de Elisson Assis, acusado de agir como miliciano na região.

A operação desta terça conta com a participação de mais de mil agentes das policias civil e militar, além de agentes rodoviários federais, promotores públicos e representantes das subprefeituras da capital e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Além da perda da licença de funcionamento, os imóveis investigados nesta operação serão lacrados pelas autoridades municipais para garantir que a atividade ilícita não volte a acontecer no local.

O efetivo é apoiado por viaturas, helicópteros, drones e cães farejadores do 5º BPChoque (Canil) e de pelo menos outros três batalhões da polícia.

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