Polícia Federal analisa o material recolhido em endereços ligados aos 16 militares alvos de busca na operação da semana passada sobre um plano de golpe de Estado.
Os agentes vão cruzar as informações com depoimentos das quatro pessoas presas.
Entre eles o coronel Bernardo Romão Corrêa Netto, que chegou dos Estados Unidos no domingo, e está detido no Batalhão da Guarda Presidencial, em Brasília.
A estratégia de defesa de Jair Bolsonaro se baseia em recortes do vídeo da reunião que mostram o então presidente dizendo a ministros que não pretendia usar a força.
Mas é a partir da mesma reunião, em conjunto com o material apreendido - inclusive troca de mensagens entre a cúpula bolsonarista - que a PF quer demonstrar o contrário.
Os investigadores quem provar que o ex-presidente teria articulado para pressionar por apoio das Forças Armadas com o objetivo de permanecer no governo.
Para os agentes, declarações de Bolsonaro demonstram que o movimento começou antes das eleições.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o ex-ministro Aldo Rebelo pediu equilíbrio e serenidade na investigação sobre uma tentativa de golpe de estado no Brasil.
A Polícia Federal vai ouvir novamente, após o Carnaval, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.
Na delação, o militar não citou a reunião ministerial - o vídeo foi encontrado no celular dele.