A Polícia Federal vai entrar nas investigações sobre os casos de manipulação de jogos de futebol. A determinação partiu do ministro da Justiça, Flávio Dino, diante dos escândalos da máfia das apostas esportivas.
A entrada da PF atende a um pedido da Confederação Brasileira de Futebol e tem por objetivo centralizar as informações sobre os esquemas.
A cada dia que passa, mais casos de manipulação de jogos e cartões forçados vão sendo revelados pela operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás. São irregularidades em partidas das séries A e B do Brasileirão do ano passado, além de campeonatos estaduais.
Cinco clubes da série A já afastaram jogadores por envolvimento no esquema: o lateral Pedrinho e o meia Bryan Garcia, do Athletico Paranaense. O zagueiro Vitor Mendes, do Fluminense, o lateral Nino Paraíba, do América-Mineiro, e o volante Richard, do Cruzeiro.
O caso de maior repercussão, até então, é do zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos; ele chegou até ser ameaçado de morte por não ter cumprido um combinado. De acordo com o Ministério Público de Goiás, os jogadores eram aliciados para provocarem cartões amarelo ou vermelho; a quadrilha apostava alto por isso.
Diante do número de profissionais sendo revelados nos esquemas, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva também vai entrar nas investigações.
Além dos jogadores da série A, mais atletas são acusados de participação nas fraudes de jogos de futebol. São eles: Gabriel Tóta, do Ypiranga do Rio Grande do Sul, Paulo Miranda, do Náutico, Igor Cariús, do Sport, Victor Ramos, da Chapecoense, entre outros.
Criminalmente, os jogadores foram enquadrados no Estatuto do Torcedor e, se condenados, podem pegar de 2 a 6 anos de prisão, mais multa. Na esfera esportiva, eles podem ser multados em até 100 mil reais e suspensos por até 720 dias.