A Polícia Federal investiga uma possível interferência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres no segundo turno das eleições de 2022. A suspeita é que ele viajado à Bahia e pressionado a PF a atuar em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal em operações de bloqueio de rodovias no estado.
Na ocasião, o movimento gerou o atraso de milhares de eleitores que estavam a caminho dos locais de votação. Um dia antes, o ministro do Supremo Alexandre de Moraes havia proibido a atuação da PRF nas estradas.
A Bahia, vale lembrar, era um dos maiores colégios eleitorais do então candidato à presidência Lula, do PT. Na época, a viagem foi justificada para reforçar a atuação de policiais federais no combate a crimes eleitorais, como compra de votos.
A reportagem da Band em Brasília apurou que a Polícia Federal não cedeu à pressão para participar das operações. Para a PF, a presença de Torres causou surpresa e foi vista como pressão em favor do então presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro.
Atualmente, Anderson Torres está preso em Brasília suspeito de omissão nos ataques de 8 de janeiro nas sedes dos Três Poderes.