PF investiga ameaças a repatriados brasileiros que estavam em Gaza

Da Redação

A Polícia Federal vai investigar as mensagens com teor de ameaça a repatriados brasileiros que estavam na Faixa de Gaza. A decisão da Secretaria Nacional de Justiça atende a um pedido da defesa de Hasan Rabee, palestino naturalizado brasileiro que voltou com o grupo.

Desde que chegou ao Brasil há quatro dias, o repatriado e a família relataram mais de 200 ameaças pelas redes sociais, incluindo de morte. Entre as mensagens, existem xingamentos, ataques xenofóbicos e até acusações de que Hasan seria "garoto-propaganda" do governo federal.

Há alguns dias, inclusive, um post dele de 2015 em que fazia menção a uma explosão em Israel viralizou - a publicação foi apagada. A advogada que representa Hasan e a família classificou as ofensas como "inadmissíveis".

Hasan Rabee afirmou temer pela segurança dele e da família e que cogita até deixar o Brasil caso não receba a proteção devida. A defesa também pediu apoio aos ministérios dos Direitos Humanos e da Justiça e Segurança Pública.

Ontem, o presidente Lula conversou por telefone com o presidente de Israel e agradeceu pela liberação dos brasileiros em Gaza. No telefonema, Isaac Herzog pediu colaboração do brasileiro para reforçar o apelo pela libertação dos reféns em mãos do Hamas - Lula se comprometeu com o pedido.

Na Faixa de Gaza, as tropas israelenses continuam realizando operações no maior hospital do território palestino. Numa dessas incursões, soldados afirmaram ter encontrado o corpo de uma refém de 65 anos sequestrada no dia 7 de outubro.

Segundo Israel, é no complexo hospitalar de Al-Shifa que o Hamas concentra bases de operação no subsolo - o grupo terrorista nega. Dentro do hospital, a situação é caótica com falta de energia e de oxigênio para pacientes.

Autoridades locais afirmam que apenas 9 das 35 unidades de saúde da região estão funcionando.

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