Pensilvânia: entenda por que estado é considerado decisivo para as eleições dos EUA

Estado escolhe 19 delegados e, por isso, tem mais peso; ao total, são sete "estados-pêndulo"

Da redação

Às vésperas das eleições nos Estados Unidos, Kamala Harris e Donald Trump concentram suas agendas nos chamados "swing states" (em português, estados-pêndulo), que tradicionalmente costumam decidir as eleições.

A jornalista Adriana Araújo, apresentadora do Jornal da Band, da TV Bandeirantes, está Washington para acompanhar as eleições falou à Rádio Bandeirantes sobre a importância da Pensilvânia na corrida eleitoral nos EUA.  

Nesta segunda-feira (4), Trump passa por três estados: Carolina do Norte, que possui 16 delegados, Pensilvânia, com 19, e Michigan, com 15.  

Já Kamala fará hoje um mega comício, com estrelas como Lady Gaga e Ricky Martin, na Pensilvânia, que é considerado um estado decisivo no resultado das eleições e disputado pelos candidatos. 

O candidato que perder neste estado pouco provavelmente será eleito presidente dos EUA. Pesquisas recentes mostram um empate entre os candidatos, dentro da margem de erro, às vésperas da eleição.

A importância da Pensilvânia nas eleições dos EUA

Por ser um dos estados com mais delegados, a Pensilvânia é considerada um estado-pêndulo decisivo. Quando foi eleito presidente, Trump venceu neste estado. E quando perdeu para Joe Biden, Trump também perdeu na Pensilvânia.  

Os sete estados-pêndulo recebem esse nome justamente por "balançarem" entre candidatos democratas e republicanos a cada eleição e, juntos, somam 93 delegados.  

Os estados considerados pêndulos são: Pensilvânia, Geórgia, Carolina do Norte, Michigan, Arizona, Wisconsin e Nevada.

Donald Trump e Kamala Harris disputam a presidência dos EUA | Reprodução/Band

Segundo Adriana Araújo, o clima na Pensilvânia está polarizado, mas sem aspectos que possam resultar em violência. "A Guarda Nacional está de prontidão em todos os estados para evitar qualquer tipo de violência. Não vi bate-boca, mas [o estado] está absolutamente polarizado. Acompanhei um comício de Trump, entrevistei pessoas que afirmam que o Trump é a liberdade, e a Kamala é o comunismo. Na Pensilvânia, as cidades maiores e mais urbanas, votam na Kamala. O interior da Pensilvânia é Trump."

Cerca de 78 milhões de americanos já votaram presencialmente ou pelos correios. Segundo a jornalista, o mega comício de Kamala Harris previsto para esta segunda visa "estimular os jovens a saírem para votar".  

"Amanhã é dia comum de trabalho e escola aqui, não é feriado. Eleitores de Kamala dizem que ela é a democracia e o Trump é o fascismo. Discurso e fala simplista dos dois lados, mas que mostra bem a polarização", avaliou Adriana Araújo. 

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