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Turra diz que momento dos técnicos brasileiros "é delicado" e pede tempo a jovens

Ex-auxiliar de Felipão está sem clube desde que deixou o Vitória, de Portugal, em outubro de 2023

Da redação

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Em entrevista ao Esporte em Debate desta quarta-feira (4), da Rádio Bandeirantes, o treinador Paulo Turra admitiu que o momento da classe de técnicos brasileiros é delicado.

O ex-auxiliar de Felipão, que tem passagens por Athletico, Santos e Vitória (Portugal) como treinador principal, analisou o mercado brasileiro para treinadores e falou sobre a ‘onda’ de estrangeiros nos clubes nacionais.

“Qual é o critério para escolher um técnico estrangeiro para trabalhar no Brasil? Qual é o currículo para trabalhar em um clube de Série A do futebol brasileiro? E eu te pergunto: quantos jovens treinadores estão sendo lançados hoje no futebol brasileiro? O [Rafael] Paiva [Vasco] e o [Fernando] Seabra [Cruzeiro]. Será que eles têm o mesmo entendimento de quem os julga, de quem os critica? Se eles fossem estrangeiros, com o mesmo currículo… A gente sabe que não [tem a mesma cobrança]", iniciou Turra.

Nós, como treinadores, estamos no momento mais delicado como treinador brasileiro perante a opinião pública - Paulo Turra à Rádio Bandeirantes.

Em seguida, Turra ponderou que não é contra treinadores estrangeiros no Brasil. O técnico de 50 anos, no entanto, pediu a mesma paciência aos nomes brasileiros que torcida, dirigentes e até a mídia dão para os comandantes gringos.

“Precisa haver um entendimento dos profissionais, da mídia, que tem um peso, de quem comanda o futebol na CBF e nos clubes. Precisa dar oportunidade para os jovens, mas com a mesma paciência que se dá quando os treinadores estrangeiros vêm para cá. Eu não estou falando mal dos estrangeiros, mas acho que aqui no Brasil a cobrança em cima dos treinadores brasileiros é muito alta. Tem que haver mais tempo de compreensão, de tempo, senão não vamos mais ter outros ‘Luxemburgos’, ‘Muricis’, Felipão, Telê Santana. Não vamos ter”, afirmou.

“Hoje, os treinadores jovens não têm mais essa chance de poder ter tempo de trabalhar, e eu estou falando de seis meses de trabalho. (...) Nós temos cursos bons na CBF, reconhecidos, mas os treinadores não têm mais essa chance de poder ter tempo para trabalhar, de chegar lá em cima, e eu estou falando de no mínimo seis meses”, pontuou.

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