O ciclone que atingiu o Rio Grande do Sul, além das inestimáveis perdas de pessoas, pode ter causado também prejuízo de um bilhão e 300 milhões de reais.

Segundo a Confederação Nacional de Municípios, oito mil casas foram danificadas ou destruídas, um prejuízo calculado em 175 milhões de reais.

Comércios locais tiveram perdas acima de 423 milhões de reais.

Já no setor público, foram pelo menos três milhões de reais investidos na limpeza urbana e remoção de escombros.  

Os prejuízos causados por eventos naturais no Brasil podem ser reduzidos com obras de engenharia que reforcem estruturas de prédios, casas e pontes, por exemplo.

É o que explicou em entrevista à Rádio Bandeirantes o diretor do Instituto de Engenharia de São Paulo, Rafael Timerman.

Dados da Confederação Nacional de Municípios revelam que entre 2013 e 2023, desastres naturais causaram mais de 79 bilhões em prejuízos no Rio Grande do Sul.

No caso do último ciclone, a meteorologista do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais classificou o evento como extraordinário.

De acordo com Mariana Palota, as características hidrológicas e de relevo da região atingida contribuíram para a devastação.

Em menos de 12 horas, foram 150 milímetros de chuva, o que provocou um colapso em mais de 80 cidades.

O excesso de água, explica a meteorologista, foi responsável pela formação do ciclone.

A meteorologista Mariana Palota defende que o sistema de monitoramento do CEMADEN operou de maneira satisfatória.

Mas as cidades atingidas não estavam preparadas para uma catástrofe desse porte:

Ontem, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural divulgou um relatório preliminar a respeito dos impactos da tragédia do Rio Grande do Sul sobre os animais.  

Segundo a Emater, as enchentes causaram a morte de quase 30 mil bovinos, suínos e aves e a perda de 35 toneladas e meia de peixes.

A produção não coletada de leite superou os 327 mil litros, lesando um total de 813 produtores.