Presidente do Palmeiras, Leila Pereira repudiou as falas de Alejandro Domínguez, chefe da Conmebol, que citou 'Tarzan e Cheeta' para falar sobre uma possível ausência de brasileiros na Libertadores. O dirigente se desculpou nesta terça-feira (18).
“Quando vi a declaração do presidente Alejandro Domínguez, confesso que custei a acreditar que ela fosse verdadeira. Achei até que pudesse ser um vídeo manipulado por Inteligência Artificial. Aliás, pensando bem, acho que nem mesmo a Inteligência Artificial seria capaz de produzir uma declaração tão desastrosa quanto esta”, disse Leila.
Não é possível que, mesmo após o caso de racismo do qual os atletas do Palmeiras foram vítimas no Paraguai, o presidente da Conmebol faça uma comparação abominável como a que ele fez. Parece até uma provocação ao Palmeiras e aos demais clubes brasileiros - Leila Pereira.
A declaração aconteceu após a realização do sorteio da Libertadores. O paraguaio de 53 anos concedeu entrevistas depois do evento, que aconteceu na sede da entidade, na noite da última segunda-feira (17).
Ao ser questionado de como seria uma Libertadores sem a presença dos clubes brasileiros, Alejandro Domínguez respondeu que "isso seria como Tarzan sem Cheeta".
O Palmeiras segue buscando alternativas viáveis para que a Conmebol e seu presidente também sejam responsabilizados pelos casos de racismo e xenofobia envolvendo a torcida do Cerro Porteño-PAR contra os jogadores Luighi e Figueiredo, durante uma partida da Libertadores sub-20.
O Cerro Porteño foi multado pela Conmebol em US$ 50 mil (cerca de R$ 290 mil) e jogará partidas da Libertadores sub-20 com portões fechados, como punição pelo caso de racismo.
Além disso, o Cerro também deverá publicar, em suas redes sociais uma campanha de conscientização e de combate ao racismo. O Palmeiras repudiou essas medidas.